quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mudanças no blog


Olá queridos leitores que insistem em ler essa bagaça prestigiam o blog,

Esse post é para informa-los de que a partir dessa semana haverão algumas mudanças por aqui. Já faz um tempinho que fui convidado para escrever para o site Torre dos Gurus, assim tenho publicado meus textos tanto aqui como por lá. Porém, resolvi começar a postar minhas resenhas e reviews, a partir de agora, somente na Torre. 

Mas calma, não precisam ficar nervosos, o Neuroses de um Nerd ainda continuará, mas pretendo fazer do blog algo mais pessoal. Vou continuar postando por aqui, mas serão textos mais descontraídos.

Convido a todos, que ainda não conhecem, a visitar o site Torre dos Gurus. Caso queiram um link para ir direto para meus textos podem clicar aqui.

Conto com a compreensão de todos e espero que continuem acompanhando o Neuroses de um Nerd.


Abraços

Dih Negretto

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Heroes of the Storm: um Noob jogando Moba!


"Vamos começar pelo começo!". Se você não entendeu nada do título desse post vou te ajudar: "Noob" (newbie), é uma palavra inglesa originada de "new boy" (garoto novo),  uma gíria comum na internet utilizada para se referir a novatos em alguma coisa. MOBA do inglês Multiplayer Online Battle Arena, é um subgênero de jogos de estratégia em tempo real, em que duas equipes disputam entre si e devem conquistar a base inimiga. E por fim, Heroes of the Storm (HOTS) é o moba lançado recentemente pela Blizzard que reúne os principais heróis de todos os universos dos jogos da produtora. (Thx Wikipédia!)

Um outro ponto que gostaria de ressaltar é: eu não entendo a briga entre jogadores dos diferentes mobas (Dota, LoL, etc ...) e não entro nessas discussões. Para mim, o melhor jogo é aquele que a pessoa se diverte mais. Sendo assim, esse post não tem a intenção de apontar qual o melhor moba. Esse post é simplesmente um relato pessoal sobre minha experiência com esse tipo de jogo.

Pronto! Agora que já definimos os conceitos básicos, podemos continuar ...

Meu primeiro contato com mobas foi no ano de 2008~2009, em um laboratório de informática do Instituto de Física, quando um colega de turma me mostrou o Dota. A explicação dele foi "É Warcraft só que você joga apenas com o herói.". Eu, como joguei durante bastante tempo Warcraft, me interessei a princípio por aquele jogo, porém como um Noob (agora você já sabe o que isso significa) nesse estilo de jogo, não me dei bem e acabei deixando de lado depois de um curto período.

Dota
Alguns anos se passaram e um outro colega me apresentou a um outro moba: League of Legends (LoL). A explicação foi "É como Dota, só que produzido por outra empresa". Logo lembrei de quão ruim eu era em Dota, mas como vários amigos meus estavam jogando, decidi dar mais uma chance para este estilo de jogo e comecei a jogar com eles. A princípio notei que tive uma pequena evolução (acredito que com o passar do tempo, desde que joguei Dota, fui ficando mais experiente e melhorei um pouco as habilidades nesse estilo de jogo). Porém, novamente minha limitação de coordenação não me possibilitaram avançar muito no jogo e, novamente, depois de um curto período, acabei deixando de lado o jogo.

League of Legends (LoL)

Mais um tempo se passou e a Blizzard anunciou que lançaria um moba com os principais heróis dos universos de seus jogos. Embora eu seja fã da Blizzard e jogue vários jogos dela, não me empolguei com a notícia. Afinal, minha experiência com os jogos desse estilo (como comentei anteriormente) não foram tão divertidas. Estava decidido que não ia jogar, no máximo iria ver alguns gameplays. Porém, certo dia entrando no World of Warcraft, vejo a notícia de que a Blizzard daria um mascote no WoW para jogadores que atingissem o nível 20 em Heroes of the Storm (a srª Blizzard, sua safadinha!). Eu, como um viciado em conseguir pets no Wow, comecei a considerar a possibilidade de jogar HOTS só para conseguir a recompensa. E assim começou minha saga por mais esse moba.

Heroes of the Storm
Para minha surpresa, estou me divertindo bastante com o jogo. Ao jogar pela primeira vez, a primeira coisa que o jogo me perguntou foi "Qual sua experiência com jogos tipo Heroes of the Storm?" e minha resposta foi sou um bosta sou iniciante e, eis que um tutorial bem bacaninha começou. Ao terminar o tutorial, não me senti tão deslocado, afinal vários personagens que eu já conhecia estavam ali me esperando.

Joguei algumas partidas e gostei bastante de algumas particularidades de HOTS que eu não encontrei nos outros mobas. A primeira é que as equipes sobem de nível juntas, assim eu vou conseguindo melhorar minhas habilidades juntamente com os outros membros do meu time. Lembre-se que sou noob, então nos outros jogos sempre ficava para trás e, como consequencia, morria o tempo todo. 

Outro ponto interessante são as missões que os diferentes mapas oferecem para as equipes. Coletar moedas e entregá-las para o pirata, dominar templos, entre outros, fazem com que a equipe tenha alguns benefícios em relação aos adversários. Dessa forma, entendi melhor os objetivos e não preciso ficar focado apenas em matar os heróis inimigos.

Por fim, gostei do fato de não precisar ficar comprando itens para melhorar meu personagem. Conforme vou passando de nível com a minha equipe, novos talentos vão ficando disponíveis para eu escolher, e isso ficou mais intuitivo para mim, afinal eu preciso apenas entender o que a habilidade faz e aprender a utilizá-la no horário apropriado (não fico perdido com todos aqueles itens, como no Dota e no LoL). Esse ponto, para muitos jogadores, pode não fazer sentido, mas para mim, novamente pela minha noobice, foi algo que me ajudou bastante.

 
Ainda não cheguei no nível 20, mas agora não estou jogando apenas com esse objetivo.


Dih Negretto

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mangá - BTOOOM!


Eu sempre fui muito fã de quadrinhos mas confesso que não me interessava muito em mangás. Não me Interessava, isso mesmo, no passado, pois depois que conheci Sword Art Online, comecei a buscar novos títulos de mangás e estou gostando muito. E é justamente nessa pegada, que gostaria de comentar e indicar o mangá que estou acompanhando atualmente: BTOOOM!

BTOOM! de Junya Inoue é um mangá adulto (18+) publicado aqui no Brasil, exclusivamente, pela editora JBC. O mangá ainda está em publicação no Japão, sendo que, nós brasileiros, já podemos adquirir as 15 primeiras edições (o site da editora JBC disponibiliza a compra de todas as edições, que podem ser encontradas também nas bancas de revistas).

Este mangá conta a história de Ryota Sakamoto, um jovem desempregado que vive com a mãe e passa o dia inteiro jogando online. Um dia, ele acorda em uma ilha deserta e se vê em uma versão real de Btooom, seu jogo favorito. Para sobreviver, o jovem deverá derrotar os outros participantes dessa disputa mortal.

Nota-se pela sinopse que Btooom! não apresenta um gênero inovador. Muitas outras obras, como por exemplo Sword Art Online e, nos cinemas, Jogos Vorazes, seguem as mesmas diretrizes: os jogadores estão em uma disputa mortal e quem vencer sobrevive. Porém, isso de maneira alguma desmerece o mangá. Btooom!, justamente por ser uma obra para maiores de 18 anos, explora aspectos da ética e moral de maneiras que muitas vezes não são mostradas em outras obras. Matar personagens em jogos eletrônicos é fácil, matar pessoas na vida real (pelo menos para aqueles que não são psicopatas) é algo totalmente impensável. 

O enredo é apresentado para nós leitores pelo ponto de vista do protagonista, Ryota Sakamoto. Como o personagem acorda de uma hora para outra em um local desconhecido e sem memórias recentes, vamos aos poucos, juntamente com Ryota, entendendo o ambiente e as regras do jogo. É uma técnica muito interessante do enredo (e bastante explorada em outras obras também), que faz com que a imersão e a curiosidade do leitor seja aguçada, e as cerca de 180 páginas sejam rapidamente lidas.

Outro ponto positivo do mangá são as ilustrações. Para um leitor, assim como eu, que está começando no mundo dos mangás, Btooom! apresenta ilustrações muito bonitas e de fácil entendimento, facilitando até mesmo no posicionamento dos balões de falas e nos textos de ações.


Não quero entregar mais detalhes da obra. Acredito que se você for amante de mangás ou está começando nesse caminho e está procurando um novo título, deve dar uma chance para Btooom!. Vale lembrar também que existe um anime sobre essa obra com o mesmo nome, porém eu não comecei a assistir, quero acompanhar primeiramente pelo mangá.


Nota: 4/5

Dih Negretto

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Finalmente terminei de assistir O Rei do Crime, digo Demolidor




ESTE POST CONTÊM SPOILERS DA 1ª TEMPORADA DE DEMOLIDOR;  


Se você está decidido em continuar a leitura, vamos lá ...

Você que não estava os últimos 70 anos congelado ou não é um viajante do tempo que veio visitar o futuro, sabe que a Netflix lançou em 2015 a série dramática, tão aclamada por crítica e público, Demolidor (Daredevil).

Pelos moldes adotados pela Netflix, as temporadas são disponibilizadas completamente de uma única vez, assim, como não é de se espantar, muitas pessoas fizeram maratonas e assistiram todos os episódios em questões de dias (ou horas). Porém, como vocês já devem ter notado no título do post, terminei de assistir a série apenas essa semana. Resolvi ir assistindo aos poucos (me segurando ao máximo para não assistir mais de 2 episódios de uma única vez) pois decidi assistir com minha noiva e queria ir “digerindo” cada episódio aos poucos.

Sendo assim, como já existem MILHÕÕÕESS muitas resenhas/críticas sobre Demolidor, resolvi dedicar esse post a um ponto da série que me chamou muita a atenção e, já adianto, gostei muito, o vilão.


“O herói é medido pelo tamanho de seu inimigo”. Concordo muito com essa frase e, nesse quesito, Demolidor está muito bem servido pelo seu vilão principal nessa temporada (e que também deve ser nas próximas temporadas), Wilson Fisk “O Rei Do Crime”.

Brilhantemente interpretado por Vicent D´Onofrio, Wilson Fisk, que por enquanto ainda não se tornou O Rei Do Crime conhecido nas HQ´s, é um empresário de Hell´s Kitchen que tem planos de transformar o local onde vive em um lugar melhor. Tal objetivo poderia ser digno de um herói se não fosse os meios e a lógica (pelo menos na cabeça dele) de suas ações.

Fisk não é um vilão clássico. Durante toda a temporada, as várias facetas de sua personalidade vão sendo construídas e apresentadas, mostrando um lado humano em um vilão que, muitas vezes, perde essa humanidade quando fora do controle.

Sem dúvidas, um dos melhores episódios dessa temporada (vale sempre lembrar: na minha opinião de merda) é o 8º - Shadows in The Glass . Nesse episódio, dedicado à Wilson Fisk, vemos vários flashbacks sobre a infância do personagem. Fisk foi um menino solitário e criado por um pai violento. Seu pai, que tinha o sonho de se eleger vereador e mudar de vida, acaba-se endividando para financiar sua campanha. Após perder a eleição e ver que os garotos do bairro zombam de seu filho chamando-o de fracassado, Bill Fisk força o filho a revidar de maneira extremamente bruta, espancando o outro garoto.

Por fim, durante mais um episódio de espancamento de Bill em sua esposa (mãe de Wilson), o garoto repete o comportamento que aprendeu de seu pai e mata-o, em um ataque de fúria e desespero, para salvar sua mãe.  Juntos, Wilson e sua mãe, livram-se do corpo e o garoto guarda as abotoaduras do pai e a utiliza todos os dias para não se esquecer de quem é.


Fisk, não é um vilão caótico. Possui uma sensibilidade cativante e acredita estar fazendo o melhor para o local onde mora. Assim, após conhecermos mais a fundo a mente do antagonista, acabamos por sentir compaixão pelo personagem.

Vale lembrar também, outras duas cenas fantástica do último episódio dessa primeira temporada que, mais uma vez, exibem a personalidade do vilão. A primeira é quando Wilson Fisk é resgatado por seus homens, enquanto está sendo transportado para a cadeia, e a câmera lateral mostra o personagem caminhando imponente, do carro da polícia até o veículo de resgate. Antes de fechar a porta, Fisk ordena: "Matem qualquer um que venha atrás de mim, por terra, pela água ou pelo ar!".  A segunda cena, e a última do vilão nessa temporada, mostra Fisk sentado na cama de sua cela, vestido todo de branco, olhando para a parede, igual à quando era criança e depois quando adulto, o quadro que comprou para seu quarto. Nesse momento, vemos que o "Rei do Crime" está pronto.


Dessa forma, a série Demolidor entrega uma história densa e cativante, sendo capaz de exaltar seu herói pelo tamanho de seu vilão, pelo tamanho do "Rei do Crime".


Dih Negretto